quinta-feira, 6 de junho de 2013

Primeiras Impressões Sobre o Brasil

O presente trabalho é resultado de uma proposta de redação apresentada aos alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Alizon Themóter Costa. Eles foram solicitados a escreverem um texto dissertativo explicando qual era visão que os europeus, na época das Grandes Navegações, tinham do Novo Mundo no que se refere ao território e as populações que ali viviam.


"A América é uma terra imensa, com lindas praias, vastas (vastíssimas) florestas, enorme biodiversidade e clima tropical. Existem diversas etnias, povos guerreiros, bravos, alguns hostis (muito hostis...). Todos vivem dos frutos que plantam ou que dá na terra e da caça e pesca. Há índios fortes, belos, valentes, índias maravilhosas de pele morena, cabelos negros como a noite que não tem luar. Sem dúvida alguma bem diferente da Europa, e como os europeus viam isso tudo?

Os europeus um tanto eurocêntricos, viam os nativos americanos como seres inferiores, incivilizados, exóticos (eram levados como curiosidade para a Europa), primitivos. Eis um trecho da carta que Caminha enviou a coroa portuguesa: 'Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos e suas setas'. Fica bem claro como eles viam os índios. 'Se agente os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque não tem nenhuma crença.' Para os europeus da época não ser cristão era não ter crença. 

'Até agora não podemos saber se há ouro ou prata (...). Contudo a terra em si é de muito bons ares, frescos e temperados (...). Em tal maneira é graciosa que querendo aproveitar-se há nela tudo, por causa das águas que têm!'. Este trecho nos revela a visão que os europeus tinham da terra: clima fresco e agradável, terra farta em água, carente em metais preciosos, até aquele momento. 

Podemos concluir que, para os primeiros europeus a reconhecerem o território, e para os posteriores também, o 'Novo Mundo' era realmente um lugar bem diferente e muito hostil. “Habitado por nativos ‘indecentes’, ‘primitivos’, ‘selvagens’ e tristemente ‘inocentes’”. 


Autor: Juliens F. Oliveira, turma 101, manhã, Escola Estadual Alizon Themóter Costa, 2013.